Rodrigo Balassiano explica o impacto do risco climático nos fundos de crédito para investidores.
Rodrigo Balassiano explica o impacto do risco climático nos fundos de crédito para investidores.
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Fundos de crédito e risco climático: o que investidores precisam saber

A avaliação de riscos nos fundos de investimento passou a incluir novas variáveis, antes restritas ao campo ambiental. Logo na segunda linha desta análise, Rodrigo Balassiano, especialista em estruturação de fundos e critérios ESG, afirma que fundos de crédito e risco climático estão cada vez mais conectados. A transição para uma economia de baixo carbono, os eventos climáticos extremos e as mudanças na regulação estão pressionando os gestores a incorporarem fatores ambientais na análise de crédito e, principalmente, na precificação de ativos.

Saiba com Rodrigo Balassiano o que todo investidor deve considerar sobre risco climático em fundos de crédito.

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A relação entre risco climático e crédito não é meramente conceitual. Fenômenos como secas prolongadas, inundações e alterações no regime de chuvas impactam diretamente empresas de diversos setores, energia, agronegócio, logística, que, por sua vez, podem ter suas receitas comprometidas e sua capacidade de pagamento reduzida. Para fundos que adquirem recebíveis desses setores, a exposição ao risco climático é indireta, mas real e crescente. O desafio dos gestores está em identificar com precisão esse impacto antes que ele se materialize na inadimplência dos ativos.

Fundos de crédito e risco climático: por que essa conexão importa

A conexão entre fundos de crédito e risco climático tornou-se um dos eixos centrais nas discussões sobre sustentabilidade e finanças estruturadas. Segundo Rodrigo Balassiano, não se trata mais de uma tendência futura, mas de uma necessidade presente. Fundos que ignoram o risco climático correm o risco de supervalorizar ativos que, em pouco tempo, podem se tornar inviáveis. Isso acontece, por exemplo, com empresas altamente emissoras, que enfrentam maior dificuldade de acesso a crédito e podem sofrer desvalorização com novas regulações ambientais.

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Rodrigo Balassiano Ensina: ICVM 175 e o Futuro dos Fundos Estruturados Rodrigo Balassiano desvenda como a Resolução CVM 175 moderniza fundos estruturados, trazendo segurança com responsabilidade limitada dos cotistas e transparência nas taxas. Com exemplos práticos, Rodrigo Balassiano mostra como investidores podem se beneficiar de FIDCs e FIIs em um mercado mais competitivo e regulamentado. #RodrigoBalassiano #QueméRodrigoBalassiano #OqueaconteceucomRodrigoBalassiano

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A integração dos riscos climáticos na análise de crédito exige modelos quantitativos e qualitativos mais sofisticados. É necessário mapear não apenas a exposição geográfica dos ativos, mas também a estratégia ambiental das empresas envolvidas, seus planos de adaptação e a resiliência de seus fluxos financeiros. Um fundo que investe em recebíveis de uma cooperativa agrícola deve avaliar se a região está sujeita a eventos extremos recorrentes, se há seguro rural eficiente e como a cadeia produtiva pode ser afetada em caso de colapso ambiental. Essa visão integrada reduz incertezas e melhora a tomada de decisão.

Outro ponto de atenção está na demanda dos próprios investidores institucionais, que vêm exigindo maior transparência em relação aos riscos ESG. Fundos que adotam práticas de análise climática, com relatórios regulares e critérios claros de mitigação, tendem a atrair um público mais qualificado e comprometido com a sustentabilidade. Isso impacta diretamente na captação e na imagem do gestor. Rodrigo Balassiano observa que, além de ser um diferencial competitivo, a integração de risco climático torna o fundo mais preparado para enfrentar pressões futuras do mercado e da regulação.

A mensuração do risco climático, no entanto, ainda é um desafio técnico. Nem sempre há dados confiáveis e atualizados, principalmente em setores informais ou com baixa digitalização. Por isso, muitos fundos têm buscado parcerias com consultorias ambientais, desenvolvedores de tecnologias climáticas e plataformas de análise geoespacial. Essas ferramentas permitem uma leitura mais precisa da realidade dos ativos e ajudam a antecipar movimentos que podem comprometer a carteira. A abordagem ainda é recente, mas seu avanço promete redefinir padrões de risco e retorno em fundos de crédito.

Considerações finais

A conexão entre fundos de crédito e risco climático já não é opcional para os gestores que buscam entregar resultados consistentes e sustentáveis. A leitura cuidadosa dos impactos ambientais, tanto diretos quanto indiretos, se tornou parte da diligência necessária para garantir a saúde da carteira. Conforme ressalta Rodrigo Balassiano, o investidor atento não ignora mais os efeitos do clima sobre o crédito. Pelo contrário: ele reconhece que a resiliência financeira no futuro passa, necessariamente, por uma compreensão clara das ameaças ambientais no presente.

Autor: Viktor Mikhailov

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