Cuidados essenciais no transporte e armazenamento de artefatos de cimento para preservar a resistência das peças
A qualidade dos artefatos de cimento depende tanto do processo de fabricação quanto do transporte e armazenamento. Valderci Malagosini Machado notifica que grande parte das falhas observadas durante a execução da obra tem origem exatamente nessa etapa logística. Microfissuras, lascas, perda de arestas e danos internos são problemas que surgem quando o manuseio é inadequado. Por isso, a atenção ao transporte e à estocagem é indispensável para garantir que as peças cheguem ao canteiro com o desempenho esperado.
Cuidados fundamentais durante o transporte
Segundo Valderci Malagosini Machado, o transporte deve sempre ocorrer com as peças devidamente paletizadas, amarradas e estabilizadas. Paletes bem feitos impedem que os artefatos se movimentem durante curvas, frenagens e acelerações. Quando o lote se desloca dentro do caminhão, aumentam as chances de impactos repetitivos entre as peças, originando pequenas fraturas que se tornam fissuras visíveis apenas após o assentamento.
Adicionalmente, o posicionamento do carregamento faz diferença. Carregar blocos ou pavers sem distribuição uniforme de peso compromete a estabilidade do veículo e gera vibração excessiva. Essas vibrações atuam diretamente sobre as peças, especialmente nas que ainda não atingiram resistência total, e podem causar danos internos. Utilizar espaçadores, cintas resistentes e calços laterais reduz o impacto e mantém o lote rígido durante todo o percurso.

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Ainda no transporte, a proteção contra intempéries merece atenção. Sol intenso pode ressecar as peças, enquanto chuva excessiva aumenta a absorção de água e altera o estado superficial do concreto. Cobrir o carregamento com lonas bem fixadas, mas que permitam ventilação, é essencial para preservar o equilíbrio da umidade.
Armazenamento seguro no canteiro e impactos na integridade das peças
Valderci Malagosini Machado informa que ao chegar ao canteiro os artefatos precisam ser descarregados com métodos adequados. Ferramentas como empilhadeiras, paleteiras ou guinchos evitam quedas e batidas bruscas. Danos mecânicos nesse momento podem comprometer toda a etapa de execução. Uma peça que cai, mesmo sem se quebrar visivelmente, pode perder resistência interna e tornar-se um ponto frágil na parede ou no pavimento.
A área de armazenamento deve ser plana, seca e compactada. O contato com solo úmido favorece absorção excessiva de água, principalmente em blocos e pavers, afetando seu desempenho. É recomendável utilizar calços, tábuas ou estrados para manter os paletes elevados, evitando variação térmica e acúmulo de umidade.
Outro cuidado é o empilhamento em altura compatível com o tipo de artefato. Pilhas muito altas exercem pressão excessiva sobre as peças inferiores, produzindo rupturas internas ou deformações. Ventilação adequada entre os paletes evita retenção de calor e ajuda a manter a cura residual de forma equilibrada.
Condições ambientais e proteção contra umidade e variações térmicas
Sob o entendimento técnico de Valderci Malagosini Machado, artefatos recém-fabricados ainda estão em processo de estabilização do concreto. Por isso, oscilações abruptas de temperatura podem gerar retração superficial ou fissuras finas. Cobrir os paletes sem vedação completa é uma forma de proteger contra sol direto, mas mantendo circulação de ar suficiente para evitar superaquecimento.
A chuva também é um fator crítico. A água acumulada entre os paletes ou sobre as peças modifica o estado do concreto, deixa as superfícies escorregadias e interfere na aderência com argamassas e juntas. Uma simples inclinação no local de armazenamento, somada ao uso de lonas bem posicionadas, reduz drasticamente esse risco.
Outro ponto relevante é o controle de umidade em pavers e blocos que serão utilizados para áreas externas. Quando armazenados em locais encharcados, eles podem absorver mais água do que o necessário, prejudicando o assentamento e a estabilização no pavimento.
Como a etapa logística se transforma em ganho estrutural e econômico
A soma entre transporte adequado, armazenamento correto e manuseio cuidadoso evita perdas, reduz retrabalhos e garante que cada artefato mantenha a resistência prevista em projeto. Em obras residenciais e comerciais, esses cuidados significam paredes mais alinhadas, pavimentos estáveis, menor aparecimento de patologias e economia direta na manutenção futura.
Valderci Malagosini Machado enfatiza que a fase logística muitas vezes é subestimada, mas representa uma das etapas mais decisivas para o desempenho da obra. Quando os artefatos chegam íntegros ao canteiro, a execução flui com mais precisão, as equipes trabalham com maior segurança e o resultado final apresenta qualidade superior. Essa atenção inicial, apesar de parecer simples, é um dos fatores que diferenciam construções duráveis de obras que acumulam problemas ao longo do tempo.
Autor : Viktor Mikhailov









