Tecnologia

Bahia está descobrindo o potencial da tecnologia e da inovação

Nos últimos anos, os investimentos em inovação e em empresas de tecnologia deixaram de ser um potencial adormecido na economia baiana para se tornarem uma realidade. “O cenário de inovação mudou completamente e na Bahia essa transformação foi ainda mais radical”, destacou Alexandre Darzé, sócio da Lighthouse Investimentos, durante a 2ª Edição do Radar Bahia, realizado nesta quarta-feira (27), no auditório da Fieb.

Moacy Veiga, CEO da Kinvo, que também participou da 1ª Edição do Radar Bahia, realizado em 2018, lembrou que o cenário se modificou radicalmente nos últimos quatro anos. “O ecossistema de Salvador estava começando a ganhar maturidade e tração”, lembrou. Para ele, o Hub Salvador teve um papel muito significativo neste desenvolvimento. “Se dizia que não daria certo, mas o tempo provou que o negócio é resiliente”, completou ele.

“Toda vez que se tem um propósito muito forte, as coisas irão acontecer”, apontou, lembrando que o volume de investimentos também aumentou muito. Para ele, o crescimento é impulsionado por um conjunto de forças.

Oportunidade gigantesca
Alexandre Darzé contou que saiu da Bahia muito jovem e apenas em 2018 voltou as suas atenções para o Norte-Nordeste. Com experiência anterior no mercado de fintechs e venture capital, ele lembrou que inicialmente poucos empreendedores se interessavam em investir recursos na área.

Por volta de 2018 este cenário começa a se modificar. Até então, havia muito dinheiro estrangeiro, porém voltado para startups mais maduras. “A gente tinha praticamente dois ou três fundos que ofereciam estes recursos para os pequenos e micro”, lembrou.

“Existe uma oportunidade gigantesca nesse mundo de startup, mas precisamos diversificar isso. É impossível viabilizar sua vida sem as soluções de streaming. Hoje tem empresas no meio rural que vendem animais por maketplace“, exemplificou. Para ele, os investimentos em venture capital vão fazer parte da vida das pessoas de alguma forma.

Moacy Veiga, CEO da Kinvo, destacou as potencialidades do Nordeste para a inovação. “A gente precisa entender que podemos fazer as coisas. Temos uma cidade belíssima, a 8 horas da Europa. Antigamente, para dar certo era precisso sair de Salvador, hoje nossa cidade é uma realidade”, contou ele.

Ele ainda lembrou que o mercado de tecnologia começa a crescer também em direção às cidades do interior. “A Bahia é hoje o destaque do Norte-Nordeste, com cases cada vez mais interessantes, e esperamos que isso aconteça cada vez mais”, disse. “A principal mudança é de mindset, se não mudamos isso, nada se transforma”.

Retorno de 60 vezes
Darzé também se mostrou otimista em relação aos investimentos, mesmo em meio ao cenário de crise. “É natural que tenha um contexto de juros mais altos, tem o impacto do ano de eleições. A gente já vê fora do Brasil redução no número de rodadas. Aqui está reduzindo menos, mas é natural, dentro deste contexto, redirecionamento para ativos mais líquidos”, explicou.

Para ele, o caminho para diluir os riscos passa pela construção de um portifólio. Ele citou como exemplo o investimento feito na Kinvo. “Tivemos a oportunidade de investir em Moacy e o retorno foi de 60 vezes. Se você tem um portifólio, a chance de encontrar um cara supertalentoso é grande, independente do cenário”, disse.

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