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Número de empresas de serviços cresce na Bahia, mas emprego no setor caiu

O setor empresarial de serviços viu seu tamanho crescer 0,5% na Bahia entre 2019 e 2020. Em um ano, o estado ganhou 235 empresas de serviços, passando de um total de 49.509 em 2019 para 49.744 em 2020. O crescimento veio depois de uma queda de 1,2%, entre 2018 e 2019 (menos 581 empresas no período). Mesmo com o aumento no número de empresas, em 2020 o setor empresarial de serviços na Bahia estava 3% menor, ou seja, com menos 1.325 empresas do que tinha em 2016, quando havia atingido seu maior tamanho (51.069 empresas).

A Bahia se manteve com o sétimo maior setor empresarial de serviços do país e maior do Norte-Nordeste, posições que ocupa desde 2007, quando se iniciou a nova série da Pesquisa Anual de Serviços (PAS). São Paulo (480.207 empresas em 2020), Minas Gerais (156.567) e Paraná (117.772) lideram esse ranking desde 2015. No Brasil como um todo, houve queda no tamanho do setor de serviços, de 1.383.411 empresas ativas em 2019 para 1.368.885 em 2020 (menos 14.526 empresas, ou -1,1%). Junto à retração nacional, 14 das 27 unidades da Federação viram o setor encolher nesse período.

O crescimento absoluto no número de empresas do setor de serviços na Bahia (+235) foi o nono maior do país no período. Os maiores aumentos foram registrados em Minas Gerais (+11.309), Distrito Federal (+6.475) e Santa Catarina (+2.672). Por outro lado, os piores resultados foram registrados em São Paulo (-25.573), Rio Grande do Sul (-4.401) e Paraná (-4.039). Em 2020, emprego nas empresas de serviços caiu 6,3% na Bahia, com saldo negativo de 33,9 mil trabalhadores em um ano

Mesmo com o saldo positivo no total de empresas ativas, entre 2019 e 2020 houve queda do número de pessoas trabalhando no setor de serviços baiano. O resultado negativo veio após dois anos consecutivos de crescimento. No fim do primeiro ano da pandemia de Covid-19, 502.175 pessoas estavam ocupadas nas empresas de serviços do estado, 6,3% a menos do que em 2019 (536.063 empregados), o que correspondeu a um saldo negativo de menos 33.888 trabalhadores em um ano.

Com isso, o total de trabalhadores no setor em 2020, no estado, era 12,5% menor (menos 71.903 pessoas ocupadas) do que o verificado em 2014 (574.078 ocupados), quando esse número havia chegado ao seu ponto máximo. No país como um todo, também houve perda de postos de trabalho no setor empresarial de serviços, de 12.837.723 pessoas ocupadas em 2019 para 12.524.340 em 2020 (-2,4% ou menos 313.383 pessoas ocupadas).

Apenas cinco das 27 unidades da Federação apresentaram crescimento no número de trabalhadores, entre 2019 e 2020. Os melhores resultados, em termos absolutos, ficaram com Minas Gerais (+17.576 ou +1,5%), Mato Grosso (+13.894 ou +7,7%) e Paraíba (+2.964 ou +2,8%).

Serviços administrativos puxam crescimento
O crescimento do setor de serviços na Bahia, entre 2019 e 2020, foi puxado, em termos absolutos, pelas empresas de serviços profissionais, administrativos e complementares. Em um ano, elas passaram de 16.238 para 19.183 (mais 2.945 empresas ou +18,1%), e a atividade se tornou líder em número de empresas, no estado. Em 2019, estava na segunda posição, atrás dos serviços prestados às famílias.

Em seguida vieram as empresas do segmento de atividades imobiliárias, que tiveram o maior crescimento percentual no período (64,6%), passando de 1.582 para 2.604 (mais 1.022 empresas). No outro extremo, a atividade de serviço que mais diminuiu seu número de empresas, em termos absolutos, foi o grupo dos serviços prestados às famílias, que perdeu 3.924 unidades entre 2019 e 2020, caindo de 17.366 para 13.442 (-22,6%), deixando de ser o segmento com mais empresas na Bahia.

Dentro deste grupo, os serviços de alojamento e alimentação foram os que tiveram a maior perda de empresas na Bahia. No primeiro ano da pandemia, o número de unidades caiu de 11.862 para 8.125 (-3.737 ou -31,5%). Os serviços prestados às famílias também puxaram a redução de pessoal ocupado na Bahia, entre 2019 e 2020. O setor perdeu 31.047 trabalhadores no ano, caindo de 128.997 para 97.950 (-24,1%).

Neste grupo, os serviços de alojamento e alimentação também foram o destaque negativo, com menos 26.949 empregados em um ano, passando de 100.227 para 73.278 pessoas ocupadas, entre 2019 e 2020 (-26,9%). Por outro lado, a atividade que conseguiu ter o maior crescimento absoluto no número de trabalhadores, no estado, foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares, que passou de 223.045 para 230.852 empregados, entre 2019 e 2020 (+7.807 ou +3,5%). Este é a atividade que mais emprega dentro do setor de serviços na Bahia, sendo responsável por 46,0% do pessoal ocupado.

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