Carlos Alberto Arges Júnior
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Advocacia criminal em crise: é possível ser ético e eficaz? Entenda com Carlos Alberto Arges Júnior

A advocacia criminal vive um momento delicado no Brasil, marcado por uma crise que vai além do aspecto econômico. Segundo o advogado Carlos Alberto Arges Júnior, o debate público sobre o papel dos advogados criminalistas foi intensificado por grandes operações policiais, como a Lava Jato, e pela ampla cobertura midiática que frequentemente associa a atuação da defesa criminal à tentativa de “livrar bandidos”. 

Esse estigma social, somado à banalização de prisões preventivas, ao uso político do sistema penal e à crescente judicialização midiática, coloca o advogado criminal em uma posição extremamente sensível: ele precisa defender direitos constitucionais fundamentais em um ambiente onde sua função é constantemente questionada. Nesse cenário, a crise é, antes de tudo, ética, institucional e cultural.

A imagem do advogado criminal está desgastada?

Sim, e isso representa um grande desafio, pontua o advogado Carlos Alberto Arges Júnior. Parte significativa da sociedade enxerga o advogado criminal como cúmplice do crime, e não como agente essencial à administração da justiça, como prevê a Constituição. Essa distorção de imagem tem raízes na falta de educação jurídica da população e no sensacionalismo midiático que promove julgamentos públicos antes mesmo que o processo legal tenha início. 

Carlos Alberto Arges Júnior

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Advogados que defendem figuras públicas envolvidas em escândalos de corrupção, por exemplo, frequentemente sofrem ameaças e ataques pessoais. Esse desgaste da imagem pública do criminalista contribui para a desvalorização profissional e para a perda de espaço no debate jurídico qualificado sobre garantias e direitos.

É possível manter a ética diante de clientes culpados?

Sim, e esse é um dos pilares fundamentais da advocacia criminal. O advogado não tem a função de julgar o cliente, mas de garantir que ele tenha um processo justo, com respeito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa. Ética, nesse contexto, significa agir dentro dos limites legais e morais da profissão, mesmo quando se sabe que o cliente cometeu o crime. 

@carlosalbertoarge8

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A atuação ética não implica acobertar condutas criminosas ou mentir em juízo, mas sim usar os meios legítimos disponíveis para proteger os direitos do acusado. Para o advogado Carlos Alberto Arges Júnior, isso inclui questionar provas ilegais, denunciar abusos de autoridade e apontar falhas no inquérito. O papel do advogado é ser o contrapeso de um sistema penal muitas vezes opressor.

Como ser eficaz sem cruzar limites morais?

Ser eficaz na advocacia criminal significa conhecer profundamente o direito, ter habilidade estratégica e manter a integridade diante da pressão, ressalta o advogado Carlos Alberto Arges Júnior. Muitos confundem eficácia com astúcia imoral, mas a verdadeira eficácia vem do preparo técnico, da argumentação sólida e da atuação respeitosa perante juízes, promotores e a sociedade. 

Cruzar limites éticos — como forjar provas, instruir testemunhas a mentir ou negociar favores indevidos — pode trazer ganhos pontuais, mas compromete a credibilidade do profissional, além de gerar responsabilizações disciplinares e penais. Em um ambiente em que a advocacia já é alvo de desconfiança, a eficácia ética se torna não apenas uma necessidade, mas uma forma de resistência.

Em conclusão, reverter a crise na advocacia criminal exige um esforço coletivo, enfatiza o advogado Carlos Alberto Arges Júnior. As instituições jurídicas, precisam se posicionar de forma firme em defesa das prerrogativas da profissão e combater publicamente a criminalização da advocacia. As faculdades de direito devem oferecer uma formação ética mais profunda, que vá além da técnica processual. E os próprios advogados devem atuar como agentes de transformação, buscando excelência profissional sem negociar princípios. 

Instagram: @argesearges

LinkedIn: Carlos Alberto Arges Junior

Site: argesadvogados.com.br

Autor: Viktor Mikhailov

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